As oito primeiras cidades brasileiras foram: Salvador (1549), São Sebastião do Rio de Janeiro (1565), Paraíba (1585), São Cristóvão (1590, em Sergipe), Natal (1599), São Luís (1612), Belém(entre 1616 e 1628) e Recife (1630).
A joia da história do urbanismo no Brasil. Escolhido o sítio, atual Centro Histórico, um pouco distante da Vila da Barra, de 1536, Salvador foi construída, em 1549, ao estilo medieval, como uma cidadela. Murada, cercada por um fosso e com pontes levadiças. Várias fortificações foram construídas para protegê-la. Seus prédios, ruas e praças foram construídos de forma planejada, com planta de Luiz Dias. O urbanista baiano Américo Simas (1916-1981), professor catedrático do curso de arquitetura da UFBA e autor de vários livros sobre Arquitetura e Urbanismo, considerou Luiz Diaz o decano dos arquitetos brasileiros. Esse foi o maior empreendimento na América Lusitana, no século 16. No século 18, Salvador era uma das cidades mais bem fortificadas do mundo, considerada inexpugnável, pelo engenheiro militar francês Amédée Frézier (1682-1773). No século 19,
Charles Darwin apaixonou-se por Salvador e, no século 20, foi a vez de Walt Disney, com seu filme
Você já foi à Bahia? Salvador foi uma das cidades mais importantes do mundo, do século 17 até boa parte do século 19.
A fundação da segunda cidade do Brasil foi uma necessidade de defesa da parte sul da América Lusitana. Os franceses instalaram-se no Rio de Janeiro, em 1555. Em 1565, chegou uma expedição, chefiada por Estácio de Sá, com a missão de expulsar os franceses e fundar uma cidade na área. Os franceses foram finalmente expulsos em 1567. O nome da Cidade foi uma homenagem ao Rei D. Sebastião, que ainda não governava por ser muito jovem.
Por abrigar um porto mais próximo das Minas Gerais, a capital do Estado do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763. Salvador continuou a ser a maior cidade do Brasil até o início do século 19. Salvador também continuou a ser a Capital Eclesiástica da América Lusitana (que possuía três estados no final do século 18), até 1891, e a Capital Jurídica de sua parte norte, até 1808.
Após a chegada da
Família Real, em 1808, o Rio de Janeiro tornou-se o principal centro cultural e a maior cidade do Brasil, desbancando a Bahia. A partir de então, o Rio de Janeiro tornou-se uma das cidades mais importantes do mundo. No século 20, era a Cidade Maravilhosa.
A terceira cidade brasileira foi fundada durante a União Ibérica, em 1585, para combater piratas no atual território da Paraíba. Jaboatão (Novo Orbe Seráfico Brasilico) citou:
"E que fosse certamente a erecção da Paraîba em Cidade neste anno de 1584 para 85, se comprova melhor com o que achamos escrito da fundaçaõ do nosso Convento naquella Cidade; porque sendo esta no anno de 1589, se diz expressamente que foraõ os nossos fundar Convento na Cidade Filippéa, novamente erecta, e assim chamada em obsequio do Monarcha Filippe, que a ennobrecera com o titulo de Cidade."
Uma expedição, liderada pelo português João Tavares, foi enviada a região. Tavares construiu o Forte do Cabedelo, na foz do Rio Paraíba. Em novembro do mesmo ano, o Ouvidor Geral da Bahia, Martim Leitão, levou várias famílias, que construíram casas e igrejas mais para cima do Rio. Era uma cidade, como registrado no
mapa de Albernaz, de 1640, confirmado por Jaboatão. Foi chamada de Filipéia, em homenagem ao Rei de Portugal e Espanha. Em 1634, foi ocupada pelos holandeses. Após a expulsão dos invasores, em 1654, a Cidade foi rebatizada com o nome de Paraíba. Recebeu o nome de João Pessoa, em 1930.