Olá galerinha, continuando os resumos com as
observações sobre a ortografia de muitas palavras.
Neste post segue as observações (regrinhas)
para o uso do "Z" ou "S" quando ambos representam o mesmo
som. O fonema /Z/
Use Z
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Exemplos
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Nos
sufixos -EZ e -EZA formadores de substantivos abstratos a partir de
adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade
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De
rígido escrevemos rigidez
De limpo, limpeza
De nobre, nobreza
De inválido, invalidez
De macio, maciez
De avaro, avareza
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Em
palavras derivadas de outras em que já existe Z
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Deslizar,
deslize e deslizante.
Razão, razoável.
Raiz, enraizar
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Nos
verbos formados com o sufixo -IZAR a partir de substantivos
terminados em ÇÃO.
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Civilização,
civilizar
Humanização, humanizar
Colonização, colonizar
Realização, realizar
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Usa-se
o sufixo indicador de diminutivo INHO com z
quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em S
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Mulher,
mulherzinha
Pão, pãozinho
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Os
verbos terminados em IZAR serão escritos com z quando a
palavra de origem não tiver o radical terminado em s
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terror,
aterrorizar
útil, utilizar
economia, economizar
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Use S
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Exemplos
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Para a
maioria dos casos:
Usa-se s com som de /z/ entre vogais:
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Preciso,
casa, tese
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Usa-se
s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
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Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa
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Usa-se
s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE
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frase
tese
crise
osmose
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Usa-se
s em palavras terminadas em OSO, OSA
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horrorosa
gostoso
Exceção: gozo.
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Usa-se
o sufixo indicador de diminutivo INHO com s
quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem.
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Teresa,
Teresinha
Casa, casinha.
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Os
verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando
esta letra fizer parte do radical da palavra de origem
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improviso,
improvisar
análise, analisar
pesquisa, pesquisar
preciso, precisar
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Pronomes pessoais
A melhor
maneira de entender esses tipos de pronomes é pensar neles como elementos-chave
na construção de um diálogo ou discurso. Continue a imaginar que você está
conversando com seu amigo João, sobre sua mãe. Os pronomes pessoais vão
designar diretamente as pessoas na conversa:
- O
locutor (ou quem fala): 1ª pessoa, que seria “eu” (no singular) ou “nós”
(plural);
- O
interlocutor (com quem se fala): 2ª pessoa, que seria “tu/você” (singular)
ou “vós/vocês” (plural);
- O
assunto (de quem ou do que se fala): 3ª pessoa. que seria “ela/ele”
(singular) ou “elas/eles” (plural).
Estes são
os pronomes pessoais, ou seja: aqueles que indicam as três pessoas do discurso
(eu, tu, ele, nós, vós, eles). Como aqui no Brasil o “vós” raramente é
empregado em conversas informais e situações cotidianas, muita gente utiliza
“vocês” para substituí-lo. Nunca se esqueça que todos os pronomes
pessoais são pronomes substantivos também.
Esse tipo
de pronome é classificado entre retos e oblíquos,
de acordo com a função que desempenham na oração. Os pronomes do caso reto
exercem função de sujeito, ou seja, na afirmação “ela canta
muito bem” a palavra “ela” é um pronome pessoal do caso reto.
Os
pronomes pessoais do caso oblíquo,
por outro lado, exercem função de objeto de um verbo, como um complemento. Para
todo pronome reto, há um correspondente no caso oblíquo. Quer ver só?
- Eu → mim, me, comigo;
- Tu → te, ti, contigo;
- Ele → se, o, a, lhe,
si, consigo;
- Nós → nos, conosco;
- Vós → vos, convosco;
- Eles → si, os, as,
lhes, se, consigo.
Por isso,
quando você diz “conversei com João e ele me disse
que sua mãe canta bem”, é possível concluir que, nessa afirmação, a
palavra “ele” é um pronome pessoal reto, e “me” é um pronome pessoal
oblíquo.
Pronomes possessivos
Os pronomes
possessivos, como você já deve imaginar, são aqueles que você usa para falar de
algo que indica posse em relação à alguém da conversa. Um exemplo claro
está na afirmação de João: “Fernanda é minha mãe”. Fácil, não
é mesmo?
Você
sempre pode usar esses tipos de pronomes para falar de alguma coisa que você ou
outro(s) têm. Pode ser um objeto, um sentimento, uma relação, um
espaço etc. Veja abaixo a relação de cada pessoa do discurso com seus
pronomes possessivos:
- Eu →
meu, minha, meus, minhas.
- Tu →
teu, tua, teus, tuas.
- Ele →
seu, seus sua, suas.
- Nós →
nosso, nossos, nossa, nossas.
- Vós →
vossa, vosso, vossos, vossas.
- Eles →
seu, sua, seus, suas.
Pronomes
demonstrativos
Estes são
usados para indicar a localização de seres, seja no espaço, seja no tempo. Não
há muito segredo: se você pensa em uma palavra que sirva para situar algo
na sua conversa, provavelmente vai fazer uso desse tipo de pronome.
Quando o
assunto está situado próximo ao locutor ou interlocutor, os pronomes
demonstrativos usados podem ser os seguintes:
- 1ª pessoa → isto, este,
esta, estes, estas.
- 2ª pessoa
→ isso, esse, essa, esses, essas.
Se o
assunto estiver distante do locutor ou interlocutor, pode-se usar os seguintes
pronomes:
- 3ª pessoa → aquilo, aquele,
aquela, aqueles, aquelas.
Pronomes indefinidos
Quem
nunca viu alguma mensagem sem a especificação do
destinatário nas redes sociais? As famosas “indiretas”
servem para criticar, alertar ou desabafar, e geralmente começam com
pronomes indefinidos. Quer ver alguns exemplos?
- Certas pessoas só dão valor
depois da perda.
- Algumas meninas veem defeito
em tudo, menos nelas mesmas.
- Tantos comentários ruins por
aqui que a minha vontade é de ficar só offline.
- É cada pessoa
querendo aparecer…
Essas
palavras (algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto,
quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo, nada, cada, demais, algo) que se
referem a substantivos de modo impreciso ou genérico são os pronomes
indefinidos.
Um
macete para especificar esse tipo de pronome na sua cabeça é sempre se
lembrar das “indiretas”, pois os indefinidos se referem sempre à 3ª pessoa
do discurso. Ou seja, são usadas para falar de alguém (ou algo) sem dizer
de forma clara quem é.
Vale
lembrar que os pronomes indefinidos também podem aparecer na forma de locuções
( cada um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for, todo aquele
que, etc.).
Adjetivo pátrio é o termo que indica a
nacionalidade de uma pessoa, um objeto, animal, entre outros. Esta
nacionalidade está ligada a países, cidades e estados de uma forma geral.
Conheceremos aqui alguns adjetivos
pátrios. Então vamos lá!
Quem nasce em.... É?
Recife – recifense
Porto Velho –
porto-velhense
Natal – natalense
Acre – acreano
Rio de janeiro – carioca
(cidade), fluminense (estado)
São Paulo – paulista
(estado), paulistano (cidade)
Goiás – goiano
Belém – belenense
Brasília – brasiliense
Fortaleza – fortalezense
Macapá – macapaense
Manaus – manauense
Rio grande do norte –
rio-grandense-do-norte, potiguar, norte-rio-grandense
Rio Grande do Sul –
rio-grandense-do-sul, gaúcho, sul-rio-grandense
Vitória – vitoriense
Espírito Santo – capixaba,
espírito-santense
Japão – japonês
Alemanha- alemão
Aí vai uma dica muito
importante!
Os adjetivos pátrios são sempre escritos
com letras minúsculas.
Continua com dúvidas da hora de
usar os porquês, não é? Então, chegou ao lugar certo. O Toda Matéria vai fazer
você entender de uma vez quando usar as formas por que, porquê, por quê e
porque. Quer ver como é fácil?
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Perguntas
= por que
·
Respostas
= porque
·
Perguntas
no fim das frases = por quê
·
Substantivo
= (o) porquê
O
uso de “por que”
A forma “por que” é utilizada no início
ou no meio de frases, quando puder ser substituída por “por qual motivo”
ou “por qual razão”.
Ex.: Por que (por
qual motivo) você não compartilha esse texto?
Diga-me por que (por qual motivo) você não
compartilha esse texto.
Não
sei por que (por qual motivo) ela não veio.
Em alguns casos, também pode equivaler
a “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais” ou “pelas quais”.
Ex.: Estes são os direitos por
que (pelos quais) estamos lutando.
Os
jardins por que (pelos quais) passamos eram
lindos.
O uso de “por quê”
A forma “por quê” tem o mesmo
significado da forma anterior (“por qual motivo” ou “por qual razão”), mas é
usada sempre no final de frases, antes de um ponto final, de
interrogação ou de exclamação.
Isso ocorre porque o “que” passa a ser
tônico no final de frase e deve ser acentuado.
Ex.: Não nos seguiu nas redes sociais
ainda? Por quê?
Por
quê? Você sabe bem por quê.
Não
comentas por quê?
Foi
reprovado e não sabe por quê.
O
uso de “porque”
A forma “porque” é uma conjunção
explicativa ou causal. Costuma ser usada em respostas, podendo ser
substituída por “pois”, “uma vez que”, “já que”.
Ex.: Comprei esta camisa porque é
mais bonita.
Você
veio até aqui porque queria me ver?
Ele não casa porque não
quer.
O
uso de “porquê”
A forma “porquê” é usada quando tem
função de substantivo, com sentido de motivo, causa ou razão.
Pode ser usada no plural (os porquês).
Ex.: Se ele fez isso, deve ter um porquê.
Queria
saber o porquê do seu atraso.
Não entendo
o porquê dessa bagunça.
Agora você
já aprendeu a usar os porquês.
Bons estudos!