REVISÃO DE PORTUGUÊS
Vamos lá! Estudar!
O MODO VERBAL caracteriza as
várias maneiras como podemos utilizar o verbo, dependendo da significação que
pretendemos dar a ele. Rigorosamente, são três os modos verbais: INDICATIVO, SUBJUNTIVO e IMPERATIVO.
Porém, alguns gramáticos incluem, também como modos verbais, o PARTICÍPIO, o GERÚNDIO e
o INFINITIVO. Alguns autores, no entanto, as denominam FORMAS NOMINAIS DO
VERBO.
Segundo o gramático Rocha Lima, existem algumas
particularidades em cada uma destas formas que podem impedir-nos de
considerá-las modos verbais:
·
INFINITIVO: tem características de um substantivo, podendo assumir a
função de sujeito ou de complemento de um outro verbo, e até mesmo ser
precedido por um artigo.
·
GERÚNDIO: assemelha-se mais a um advérbio, já que exprime condições de
tempo, modo, condição e lugar.
Mas voltemos aos modos verbais, propriamente ditos:
·
MODO INDICATIVO:
O verbo expressa uma ação que provavelmente acontecerá, uma certeza,
trabalhando com reais possibilidades de concretização da ação verbal ou com a
certeza comprovada da realização daquela ação.
Já o TEMPO VERBAL informa,
de uma maneira geral, se o verbo expressa algo que já aconteceu, que acontece
no momento da fala ou que ainda irá acontecer. São essencialmente três tempos:
PRESENTE, PASSADO ou PRETÉRITO e FUTURO.
Os tempos verbais são:
·
PRESENTE INDICATIVO (Ex.: amo, tenho, colhemos, façam, voltar)
– expressa algo que acontece no momento da fala.
·
PRETÉRITO PERFEITO (Ex.: amei, foram) – expressa uma ação pontual,
ocorrida em um momento anterior à fala.
·
PRETÉRITO IMPERFEITO (Ex.: amava, falava, estivesse, viesse)
– expressa uma ação contínua, ocorrida em um intervalo de tempo anterior
à fala.
·
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (Ex.: amara) – contrasta um
acontecimento no passado ocorrido anteriormente a outro fato também anterior ao
momento da fala.
·
FUTURO DO PRESENTE (Ex.: amarei, estudarei, jogará, tocarão, ganhará)
– expressa algo que possivelmente acontecerá em um momento posterior
ao da fala.
·
FUTURO DO PRETÉRITO (Ex.: amaria) – expressa uma ação que era
esperada no passado, porém que não aconteceu.
·
FUTURO DO SUBJUNTIVO (Ex.: badalarem) - O Futuro
do Subjuntivo é um tempo verbal que indica uma ação que ocorrerá no futuro. Ele expressa a possibilidade de que em breve algo irá
acontecer e geralmente, acompanha o termo “quando”. O futuro do subjuntivo é um
tempo derivado do pretérito perfeito do indicativo.
Verbos
regulares são verbos que se encaixam em modelos fixos de
conjugação verbal, não provocando alterações nos radicais e nas terminações
quando conjugados. Nos verbos regulares, existem três estruturas de conjugação:
Verbos da
1.ª conjugação: verbos terminados em –ar, como: andar,
falar, brincar, namorar, estudar, amar, gostar, movimentar, estar, gastar,
dar...
Verbos da 2.ª conjugação: verbos terminados em –er, como: comer,
correr, ler, saber, esquecer, entender, vender, desaparecer, saber, aquecer,
receber, haver...
Verbos da 3.ª conjugação: verbos terminados em –ir, como: sorrir,
partir, dividir, abrir, sair, decidir, rir, possuir...
Nota: o verbo pôr, acabado em –or, pertence à 2.ª conjugação.
Dicas para o uso dos porquês
Por que = Usado no início das perguntas. Por que (separado e sem
acento) pode ser usado para introduzir uma pergunta ou para estabelecer uma
relação com um termo anterior da oração.
Por
que interrogativo
Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma
pergunta, podendo ser substituído por:
·
por que motivo;
·
por qual motivo;
·
por que razão;
·
por qual razão.
Exemplos com por que (interrogativo)
·
Por que você não foi dormir?
·
Por que não posso sair com meus amigos?
Por quê? = Usado no fim das perguntas. Quando usar por quê?
Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece sempre
no final da frase, seguido de ponto de interrogação ou de um ponto final.
Por quê pode ser substituído por:
·
por qual motivo;
·
por qual razão.
Exemplos com por quê
·
Você não comeu? Por quê?
·
O menino foi embora e nem disse por quê.
Porque = Usado nas respostas. Porque (junto e sem
acento) é usado principalmente em respostas e em explicações. Indica a causa ou
a explicação de alguma coisa.
Porque pode ser substituído por:
·
pois;
·
visto que;
·
uma vez que;
·
por causa de que;
·
dado que;
·
…
Exemplos com porque
- Choro porque machuquei o pé.
- Ela não foi à escola porque estava chovendo.
- Vou
embora porque estou muito cansada.
O porquê = Usado como um substantivo. Quando usar porquê?
Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a
razão de algo.
Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido
(um, uns), podendo também aparecer junto de um pronome ou numeral.
Porquê pode ser substituído por:
·
o motivo;
·
a causa;
·
a razão.
Exemplos com porquê
·
Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.
·
Gostaria de saber os porquês de ter
sido mandada embora.
Quando
usar mau ou mal?
A dica mais simples
para saber se você está utilizando a palavra da forma correta é trocar o termo
pelo seu antônimo. Grave bem:
- mau – o contrário de bom
- mal – o contrário de bem
Assim,
- Ele
é um mau menino. (Ele é um bom menino)
- Ele
está mal. (Ele não está se sentindo bem)
As duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas.
Há é a forma
conjugada do verbo haver na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo.
Pode indicar tempo passado ou ser sinônimo de existir.
· há muito tempo;
· há muitos anos;
· há vagas de
emprego;
· há coisas que não
mudam.
À é a contração
da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à). Pode indicar um
lugar ou introduzir um objeto indireto. É, também, usado em muitas locuções
adverbiais.
· à noite;
· à exceção;
· à vontade;
· à toa;
· à parte.
A é uma
preposição simples, sem contração com um artigo definido. Pode introduzir um
objeto indireto ou indicar tempo futuro.
· daqui a cinco
minutos;
· daqui a pouco;
· daqui a nada.
QUANDO
USAR IZAR ou ISAR?
“IZAR” é um
sufixo, que vem do Latim (izare) e era usado na
formação de verbos, como em ‘exorcizare’ =
exorcizar. Muitos verbos da nossa língua são formados com esse sufixo, ele se
une a substantivos e adjetivos para formar verbos.
Regra: verbos derivados de substantivos e
adjetivos são grafados com o sufixo ‘izar’, com ‘z’.
Ocorre que, além do sufixo ‘izar’, com ‘z’,
existe o sufixo ‘ar’, também formador de verbos a partir de adjetivos e
substantivos. A confusão está aqui, pois não existe o sufixo ‘isar’, com ‘s’, o
que existe são palavras, cujo radical já apresentam ‘s’, ligadas ao sufixo
‘ar’. Veja:
Percebam que, nos casos acima, não temos encontro de uma
palavra com o sufixo ‘izar’, o que temos é a palavra, já com a letra ‘s’ no
radical ligada ao sufixo ‘ar’.
Regra: grafam-se com “ISAR” verbos derivados
de palavras que já têm o ‘s’ no radical. Neste caso, estamos falando de
palavras que já apresentam ‘s’ no radical mais o sufixo ‘ar’. Outros exemplos:
civilizar, valorizar, improvisar, escravizar, pesquisar, fiscalizar, revisar,
etc.
A palavra esta, sem acento algum, é classificada como pronome
demonstrativo feminino. Um pronome serve para acompanhar ou
substituir substantivos em uma frase, a fim de
gerar coesão. No caso dos demonstrativos, situam a pessoa ou a coisa
designada no espaço ou no tempo.
O pronome esta é usado quando a intenção é indicar algo
ou alguém que está próximo, em vez de essa, quando está longe,
ou aquela, mais longe ainda.
Veja os exemplos:
§ Esta casa foi
alugada semana passada.
§ Minha camiseta
preferida é esta aqui.
§ Faço
aniversário esta semana.
§ Como é linda esta menina!
§ Esta
classe é
muito complicada.
§ Esta cadeira eu
comprei para substituir essa aí que quebrou.
§ Esta caneta é mais
escura que aquela.
A palavra está, com acento agudo, é o verbo estar em
sua forma conjugada na 3ª pessoa do singular do presente do
indicativo. Ou seja: ele/ela/você está. O termo é acentuado, porque a tônica encontra-se na última sílaba. A regra
determina que palavras oxítonas terminadas em “a” devem ser acentuadas, por
isso o verbo tem acento e o pronome
demonstrativo, que é paroxítona, não.
O verbo estar tem inúmeros usos, pois carrega vários
significados, além de ser empregado como verbo de ligação e verbo auxiliar. No
geral, mostra certa condição em um dado momento.
Veja os exemplos:
§ Está chovendo
forte, melhor não sair agora.
§ A mãe está falando
com o filho.
§ O menino está fascinado
com a beleza da borboleta.
§ § Ela está com
saudade do namorado.
§ Meu filho está com
febre.
§ A diretora está em
um congresso fora do país.
Diferença entre
sessão, seção e cessão
As palavras sessão, seção e cessão são pronunciadas da mesma forma, mas são escritas de forma diferente e têm significados diferentes.
Quando usar sessão?
Sessão
significa o intervalo de tempo que dura alguma coisa, como uma reunião, uma assembleia,
uma consulta, um espetáculo, uma apresentação ou qualquer outra atividade.
Exemplos
com sessão
- Vamos assistir à
próxima sessão desse filme?
- A Câmara dos
Deputados convocou uma sessão para amanhã de manhã.
- Minha avó
participou numa sessão espírita.
·
Beto gosta de assistir aos filmes da sessão do
meio-dia.
Quando usar seção?
Seção
significa uma parte de um todo, ou seja, uma fração, um segmento, uma
subdivisão. Pode significar ainda uma repartição de um serviço público ou
privado, sendo também sinônima de repartição, departamento e setor.
Exemplos
com seção
- Os sabonetes se
encontram na seção de limpeza.
- A seção do jornal
que fala sobre economia não veio.
- Como posso saber
qual é a minha seção eleitoral?
·
O menino adora ler a seção de esportes do jornal.
Nota: A pronúncia e grafia
correta no português europeu é secção.
Quando usar cessão?
Cessão
significa o ato de ceder, de dar, de transferir um direito ou um bem, sendo
sinônima de cedência, entrega e concessão. Pode significar também uma renúncia
ou desistência, bem como um empréstimo.
Exemplos
com cessão
- Ele
confirmou a cessão de suas roupas para uma igreja.
- A
cessão das instalações para a formação será confirmada amanhã.
- A
biblioteca da escola cancelou a cessão de livros aos alunos.
·
O autor fez a cessão de seus direitos autorais à
escola.
Tem ou têm
Tem, sem acento, é usado
quando o sujeito é singular (apenas
um): ele tem.
Têm, com acento
circunflexo, é usado quando o sujeito é plural (mais do
que um): eles têm.
Sujeito singular = tem
O aluno tem prova amanhã.
Sujeito plural = têm
Os alunos têm prova amanhã.
Tem, sem acento,
também é usado quando atua como verbo impessoal,
sinônimo de há: Tem pessoas boas e pessoas más no mundo.
Tem e têm são formas conjugadas do
verbo ter no presente do indicativo. Estão, contudo, conjugadas em diferentes
pessoas: tem está na 3.ª pessoa do singular e têm está na 3.ª pessoa do plural.
Vem ou vêm
As duas palavras existem
na língua portuguesa e estão corretas.
Ambas são formas conjugadas do verbo vir no presente do indicativo. Estão,
contudo, conjugadas em diferentes pessoas.
Vem está na 3.ª pessoa do singular:
ele vem.
Vêm está na 3.ª pessoa do plural: eles vêm
Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas
De acordo com a
posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas em: oxítonas,
paroxítonas e proparoxítonas.
Oxítonas: palavras cuja última sílaba é
tônica. Exemplos: me-trô, su-flê,
su-por.
Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é
tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-va-lei-ro,
pa-pa-gai-o.
Proparoxítonas:
palavras cuja antepenúltima sílaba é
tônica. Exemplos: es-tá-di-o, sí-la-ba,
sub-sí-di-o.
Bons estudos!