REVISÃO DE GRAMÁTICA LP Floresta P2
Meus queridos alunos!
Tudo que vale a pena é
difícil e exige esforço. Estudem mesmo sendo complicado, porque trará os
melhores resultados.
Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais indicam as pessoas
gramaticais, também chamadas de pessoas do discurso (Eu, tu, ele, nós, vós,
eles). Eles podem pertencer ao caso reto e ao caso oblíquo. Para cada pronome
reto, há um correspondente no caso oblíquo. Veja a explicação!
Eu →Me, mim, comigo.
Tu → Te, ti, contigo.
Ele → Se, o, a, lhe, si, consigo.
Nós→ Nos, conosco.
Vós →Vos, convosco.
Eles →Se, os, as, lhes, si, consigo.
Os pronomes interrogativos são aqueles que
utilizamos nas construções de perguntas diretas ou indiretas: que,
quem, qual, quanto. Cada um desses vocábulos possui um
valor e um uso específico na construção do enunciado. Veja!
·
Pronome QUE
a) pode ser um pronome substantivo quando carregar
o significado de “que coisa”.
Que foi
feito daquela mesa?
b) pode ser um pronome adjetivo quando carregar o
significado de “que espécie de”.
Que animal é
aquele?
Que atitude foi essa?
Observação: O
sentido do pronome QUE, pronome substantivo, pode ser intensificado quando são
usadas as expressões o que, que é que, o que é que e que
é o que:
O que foi feito
daquela mesa?
O que é que foi feito daquela mesa?
·
Pronome QUEM
Esse pronome refere-se apenas a pessoas ou coisas
personificadas.
Quem revelou
o crime?
Diga-me quem disse tal coisa.
·
Pronome QUAL
Esse pronome carrega um sentido de seletividade, ou
seja, é aquele que faz uma seleção de uma pessoa ou coisa na construção da
pergunta. Normalmente, ele possui a função de pronome adjetivo.
Qual dos
filmes você prefere?
Não sei qual filme prefiro.
Observação: É
possível intensificar a ideia de seletividade desse pronome utilizando-se a
expressão qual dos (das, de):
Qual dos filmes
você prefere?
Não sei qual dos filmes prefiro.
·
Pronome QUANTO
Esse pronome refere-se à ideia de uma quantidade
indefinida. Ele pode exercer a função de pronome substantivo ou pronome
adjetivo.
Quantos irmãos
você tem?
Diga-me quantos irmãos você tem.
Verbo é
a palavra que exprime um fato, localizando-o no tempo. Geralmente exprime ideia
de ação, estado ou fenômeno.
É importante ressaltar que os verbos
podem expressar outros tipos de fatos que não ação, estado ou fenômeno. Observe
o exemplo abaixo:
Sou
eu que faço você sofrer?
Ou é você que sofre por
minha causa?
Os substantivos podem ser:
- Primitivos
Quando não são formados a partir de outra palavra.
Exemplo: Livro
·
Derivados
Formados a partir de outra palavra.
Exemplo: Livraria
·
Simples
Nomes que possuem apenas uma palavra.
Exemplo: Chuva
·
Compostos
Nomes formados por duas palavras.
Exemplo: Guarda-chuva
·
Concretos
Quando sua existência é independente, ou
seja, não precisa de algo ou de alguém para se manifestar. Exemplo: Mesa
·
Abstratos
Quando sua existência depende de algo ou
de alguém. Exemplo: Raiva
·
Coletivos
Quando indicam coleção, conjunto de
seres, desde que pertençam à mesma espécie. Exemplo: Fauna (animais de uma
região)
·
Comum
Quando não especificam, pelo contrário,
generalizam. Exemplo: menino.
·
Próprio
Quando especificam, quando
particularizam. Exemplo: João.
Substantivos:
Muitas são as classificações, mas o que
define uma palavra como substantivo?
Sua capacidade de nomear. Pense em uma palavra. Analise. Serve para quê? Para
dar nome? Então é substantivo. Cadeira, mesa, bolsa, quadro, agenda, livro,
computador, calendário, amor, enfim, nomeou, é substantivo.
O que é adjetivo?
O
adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos
substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.
Essas
palavras variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e
grau (comparativo e superlativo).
Exemplos
de adjetivos:
·
garota bonita
·
garotas bonitas
·
criança obediente
·
crianças obedientes
Grau comparativo
No grau
comparativo é feita a comparação da mesma característica em dois ou mais seres
ou de duas ou mais características do mesmo ser.
Grau
comparativo de inferioridade
Grau comparativo
de inferioridade = menos (adjetivo) que/do que
- Alice é menos
preguiçosa que João.
- A revista é menos
pesada do que o livro.
Grau
comparativo de igualdade
Grau comparativo
de igualdade = tão (adjetivo) quanto/ como/ quão
- Cláudia é tão
educada como Patrícia.
- Matemática é
tão importante quanto português.
- Ele é tão
decidido quão teimoso.
- Marcia é tão inteligente quanto Maria
Grau
comparativo de superioridade
Grau comparativo
de superioridade = mais (adjetivo) que/ do que
- Igor é mais atento que Rodrigo.
- O lápis é mais comprido do que a
borracha.
- A minha professora de matemática é mais
legal que a sua.
Grau superlativo
No grau
superlativo é feita a caracterização de um ou mais seres, atribuindo qualidades
em grau muito elevado ou em maior ou menor grau que os demais seres.
Grau
superlativo absoluto sintético = adjetivo + sufixo (-íssimo; -imo; - ílimo;
-érrimo)
- A sobremesa é dulcíssima.
- O teste foi facílimo.
- O professor é sapientíssimo.
- Chegamos da viagem cansadíssimos
Comprimento
e cumprimento.
Existem
algumas palavras na língua portuguesa que sempre causam problema para um
falante distraído. Isso, geralmente, acontece com os PARÔNIMOS, que são
aquelas palavras muito parecidas na escrita e na pronúncia, mas que querem
dizer coisas bem diferentes.
Quem, por exemplo, nunca se engasgou na hora de empregar as
palavras COMPRIMENTO e CUMPRIMENTO.
Você diria que: A costureira marcou o cOmprimento ou o cUmprimento do vestido?
Certamente, a costureira marcou o COMPRIMENTO, o tamanho do
vestido. A palavra COMPRIMENTO tem o sentido de dimensão, tamanho, extensão.
Já CUMPRIMENTO tem o sentido de saudar alguém, de cumprimentar uma
pessoa.
Dizemos que foi amistoso o CUMPRIMENTO entre o presidente e o
senador.
A palavra cumprimento também pode derivar do verbo CUMPRIR que quer
dizer executar.
Assim podemos dizer que o delegado estava no CUMPRIMENTO de suas
funções.
Estamos
o uso do Há e o a
Existem
algumas palavras da nossa língua que só dão problema na hora de escrever. Isso
acontece muito com as palavras têm o mesmo som, mas grafia e significado
diferentes.
Os exemplos de casos em que isso acontece são muitos, mas hoje
vamos nos concentrar numa duplinha que nos atormenta: a diferença entre HÁ com
agá e A sem agá.
A dica mais importante para entender a diferença entre eles é
lembrar que HÁ com agá é verbo (forma do verbo HAVER) e por isso pode ser
substituído por outro verbo.
Assim, devemos escrever com agá:
“Há dúvidas na prova”.
Nesse caso, podemos substituir o HÁ pelo verbo existir: “Existem
dúvidas na prova”.
Na frase “Há muito tempo não o vejo”, também é com agá, pois
podemos dizer: “Faz tempo que não o vejo”.
Já na frase “Estamos a dois minutos de casa”, o A deve ser escrito
sem agá, pois não pode ser substituído por um verbo. Não tem sentido dizer:
"Estamos faz dois minutos de casa" ou "Estamos existem dois
minutos de casa".
Trata-se da preposição “A”. Podemos usar quando nos referimos à
distância ou a tempo futuro: “Estamos a vinte quilômetros do aeroporto”, “Ele
chegará ao trabalho daqui a dez minutos”.
Mal é o
contrário de bem e Mau é o contrário de bom
Mal e mau são palavras antônimas - possuem o significado oposto em comparação à
outra. No caso de mal com “l”, a palavra antônima será bem. Para utilizar a
palavra mal de forma correta é necessário ficar atento ao seu significado
contrário.
Mal também pode ser sinônimo de inadequadamente,
ilegalmente, desarmoniosamente, erradamente, defeituosamente, incorretamente,
irregularmente, entre outros. A palavra mal se origina da palavra “male” em
latim.
Mau
Mal e mau também
são palavras homófonas, que possuem a mesma fonética mesmo possuindo grafias
diferentes. O mau com “u” também é uma palavra antônima. Neste caso, a palavra
antônima de mau será bom. Então para fazer uso de maneira correta, basta
lembrar a palavra que é contrária a ela.
Mau também é
sinônimo de malfeito, defeituoso, mal-acabado, ruim, imperfeito, desprimoroso,
inferior, medíocre, ordinário, péssimo, reles, irregular, velho, estragado,
horrível, atamancado, entre outros.
A palavra mau se origina da palavra “malu” em
latim.
Classificação dos advérbios
Primeiramente, é importante entender que
os advérbios modificam outras palavras e sua classificação serve para entender
de que forma eles modificam essas palavras, quais sentidos serão adicionados.
Assim, os exemplos a seguir não abordam todos os advérbios que existem, mas
trazem os que são os mais comuns.
·
Advérbios
de lugar
São as palavras que indicam uma localização.
Os advérbios de lugar mais comuns são aqui, ali, lá, atrás, perto, longe, dentro, fora,
entre outros.
Veja:
- Meu
amigo mora longe.
- Você
pode vir aqui?
- O
lugar fica atrás dessa casa.
- Meu gato estava no meio da rua
Advérbios de tempo
São as palavras que expressam tempo/período.
Os advérbios de tempo mais comuns são hoje, amanhã, ontem, sempre, nunca, antes, depois, cedo, tarde,
entre outros.
Veja:
- Eu
cheguei depois.
- Nós
fomos ontem.
- O
evento acabará cedo.
- Ontem minha prima viajou.
Advérbios de modo
São as palavras que ajudam a entender o modo/a maneira como
alguma ação ocorreu ou como ocorre alguma característica. Os advérbios de modo
mais comuns são bem, mal, melhor, pior, vagarosamente, rapidamente,
entre outros. Também é possível transformar muitos adjetivos em advérbio de
modo acrescentando o sufixo -mente ao final da
palavra.
Veja:
- Você
acabou rapidamente.
- Tudo
ficará melhor.
- Vocês
escrevem perfeitamente.
- Suas
tarefas eram bem completas.
- Ela
era naturalmente cacheada.
- Julia atendeu o cliente
educadamente.
Advérbios de
intensidade
São as palavras que ajudam a entender o
quão intensa é
a ação do verbo ou a característica do adjetivo. Os advérbios de intensidade
mais comuns são muito, pouco, demais, bastante, mais, menos,
entre outros.
Veja:
- Você
quer mais suco?
- Façam menos barulho.
- Ela
está meio cansada.
- Nós
éramos bastante quietos.
- Corríamos muito rapidamente.
- Os alunos estavam bastante interessados
na aula de hoje.
Advérbios de afirmação
São as palavras que complementam ou
reforçam o sentido de afirmação. Os advérbios de afirmação mais comuns são sim, certamente, realmente, entre
outros.
Veja:
- O
jurado criticou positivamente nosso trabalho.
- Eu
certamente tirarei férias em breve.
Advérbios de negação
São as palavras que complementam ou
reforçam o sentido de negação. Os advérbios de negação
mais comuns são não, nunca, jamais,
entre outros.
- Não fizeram
questão da nossa presença.
- Cláudio jamais faria
uma coisa assim.
- Não dê importância ao que os outros
dizem.
Advérbios de dúvida
São as palavras que dão a ideia de
dúvida. Os advérbios de dúvida mais comuns são talvez, provavelmente, eventualmente, quiçá, porventura,
entre outros.
- Provavelmente,
sairemos ao anoitecer.
- Talvez essa
não seja a melhor escolha.
Locuções adverbiais
As locuções adverbiais seguem exatamente a mesma lógica dos
advérbios. Porém, elas chamam-se locuções adverbiais, porque são duas ou mais
palavras juntas para passarem as ideias que
vimos anteriormente nos advérbios, além de outros sentidos.
Locuções
adverbiais de lugar: ao
redor, por perto, em
cima, por ali, à esquerda, entre
outros.
Locuções
adverbiais de tempo: logo
mais, em breve, de
manhã, mais tarde, para sempre, nunca
mais, entre outros.
Locuções
adverbiais de modo: bem
devagar, ao contrário, em
detalhes, entre outros.
Locuções
adverbiais de intensidade: em
excesso, de todo, muito
menos, bem maior, entre outros.
Locuções
adverbiais de afirmação: com
certeza, de fato, sem
dúvidas, entre outros.
Locuções
adverbiais de negação: de
jeito nenhum, nunca mais, de
maneira nenhuma, entre outros.
Locuções
adverbiais de dúvida: quem
sabe, entre outros.
Diferenças entre advérbios e
adjetivos
Para não confundir advérbio com adjetivo, lembre-se: o
advérbio complementa o sentido do verbo, do adjetivo ou
de outro advérbio, enquanto o adjetivo complementa o
sentido do substantivo. Por exemplo:
Você é delicado.
“Delicado” é uma característica do sujeito, portanto, é
adjetivo.
Você age delicadamente.
“Delicadamente” é a maneira como o sujeito age, portanto, é
advérbio (de modo).
Adjetivos
Pátrios são aqueles que caracterizam
as pessoas ou as coisas de acordo com as suas origens,
considerando países, continentes, cidades, regiões, entre outros.
Os adjetivos pátrios devem ser grafados
com letras minúsculas.
São
Paulo – paulista
Rio
de Janeiro – fluminense
Bahia - baiano
(sem h)
Minas
Gerais – mineiro ou geralista
Palmas
- palmense
Florianópolis
- florianopolitano
Belém
- belenense
França
– francês
Estados
Unidos da América – estadunidense ou americano
Holanda
– holandês
Inglaterra
- inglês,
anglo, anglo-saxão ou britânico
Brasil- brasileiro
Noruega – norueguês
Masculino e feminino
As coisas, assim como
pessoas, animais, objetos, comidas, têm nome. Esses nomes são chamados de substantivos e
aparecem em gêneros diferentes,
o masculino e o feminino.
Conforme o gênero de cada coisa, usamos os artigos. “o - um” para
masculino e “a - uma” para feminino. É como se estivéssemos definindo o sexo de
tudo.
A palavra relógio é acompanhada de “o ou
um”.
Exemplos: - O
relógio do meu irmão caiu e quebrou.
- Um relógio de
ouro é muito caro.
O mesmo acontece com as palavras do gênero feminino.
Exemplos: - A boneca é conhecida
no mundo todo.
- Uma menina ganhou o
concurso de redação.
Observe como os artigos variam de acordo com o gênero do
substantivo:
A palavra chinelo é do gênero masculino, portanto deve ser
acompanhada de artigo masculino, o
chinelo. Muitas pessoas falam como se a palavra fosse
feminina, “a chinela”, mas essa forma de falar é errada.
Existem palavras que comportam os dois gêneros, tanto no masculino
como no feminino. Então usa-se “o - um” e “a - uma”, como no caso da palavra caneca.
Exemplo: - A
caneca de leãozinho é a minha preferida.
- Meu pai toma chocolate quente em um
caneco grande.
Algumas palavras podem mudar de gênero, leia o quadro e observe:
Outras palavras não variam no gênero, aparecendo da mesma forma
para o masculino e para o feminino, como no caso de algumas espécies animais,
aparecendo como machos
e fêmeas. Exemplos: peixe macho - peixe fêmea; cobra
macho – cobra fêmea; grilo macho – grilo fêmea; pássaro macho – pássaro fêmea;
baleia macho – baleia fêmea; aranha macho – aranha fêmea, etc.
Mais ou mas: dica
básica
Para entender melhor, nós criamos dicas
básicas para você saber a diferença do uso do mais e do mas. É bastante
simples:
- mas – é usado para dar ideia de oposição
e contrariedade
- mais – é indicativo de quantidade e
intensidade
Uso dos porquês
Assim, quando a palavra for
escrita junta e sem acento, seu valor semântico será de “pois”, “uma vez que” e
possuirá a função sintática de conjunção causal ou explicativa. Esses critérios
(semânticos e sintáticos) determinam o uso dos diferentes porquês em
língua portuguesa. Vamos analisá-los detalhadamente a seguir:
- PORQUE: é uma conjunção causal ou explicativa,
podendo ser substituída por “pois”, “uma vez que”.
Exemplo:
Estude, porque as
provas serão na próxima semana.
- PORQUÊ: é um substantivo, podendo ser
acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplo:
Não sabia o porquê de
tanta ansiedade.
- POR QUE: (1) é a junção da
preposição por + pronome interrogativo e inicia perguntas
diretas ou está presente no interior de perguntas indiretas, podendo ser
substituído por “por qual razão” ou “por qual motivo”. (2) é a junção da
preposição por + pronome relativo e terá
o significado de “pelo qual” e suas flexões.
Exemplos:
Quero saber por que você
não atende meus telefonemas.
Os lugares por que viajei
são inesquecíveis.
- POR QUÊ: é a junção
da preposição por + pronome interrogativo.
Aparecerá sempre no final de uma frase, podendo ser substituído por “por
qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos:
Você parece triste, por
quê?
Ela está chorando sem
saber por quê.
Agora e com vocês! Não
esqueça de fazer questionários com perguntas e respostas.
Bons estudos!
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